terça-feira, 8 de julho de 2008

Rede Evangélica Novela Espiríta


Se é verdade que as novelas brasileiras têm sido o gênero televisivo de maior repercussão no exterior, é igualmente verdadeiro que isso se deve à maior emissora de nosso país, a Rede Globo, que durante as últimas décadas monopolizou a produção no segmento (não que o sucesso da novela nacional nos impeça de questionar os valores morais transmitidos por elas, muitos dos quais bastante questionáveis pelos parâmetros do Cristianismo).

Mas de acordo com os últimos dados, tudo indica que a hegemonia da Globo no ramo está em declínio. Em 30 de Maio, as novelas “A favorita” (Globo) e “Os mutantes” (Record) marcaram, respectivamente, 48 e 18 pontos no Ibope. De acordo com o site “O resumo do dia”, a distância se mantêm.[1]

No entanto, alguns pensam que a Record não blefava quando adotou o slogan “A caminho da liderança”; como prova disto, são citados os investimentos materiais da emissora (como a construção de complexos de gravação) e de pessoal (não raro, atores globais mudam de lado, e são vistos em novelas e produções da nova rival).[2] Apesar de ainda liderar com larga vantagem, a Globo tem registrado os menores índices no Ibope de toda a sua história. O portal UOL noticiou o assunto:

“Nos últimos cinco anos, a queda de audiência da Globo entre 7h e 0h ficou em -20%, tanto na Grande SP como no país. Em São Paulo, dos 22,6 pontos de média registrados no primeiro semestre de 2004, a emissora caiu para 18 este ano. Cada ponto equivale a cerca de 55 mil domicílios sintonizados na Grande SP.

“No Brasil, as médias da Globo foram 24,2 em 2004, contra e 19,5 em 2008. É a primeira vez que a rede fica abaixo dos 20 pontos nessa faixa horária.”[3]

Como a Globo dominou a produção novelística nacional até então, é natural que o chamado “padrão Globo de qualidade” sirva de referencial para as outras emissoras – o que não exclui a Record. Quem acompanha as novelas (o que particularmente, não é o meu caso) aponta situações, cenários, personagens e tramas nas novelas da Record que praticamente emulam (para não dizer copiam) similares globais.

Na semana passada, chegou ao meu conhecimento algo realmente espantoso: na novela “Amor e intrigas”, exibida pela rede de Edir Macedo, a personagem Jurandir, que teria morrido na trama, reapareceu para a amante Alexandra – depois de morto. Ninguém estranha as aparições de almas e links ao espiritismo nos folhetins globais. Agora, que uma emissora evangélica use do mesmo expediente, é o cúmulo da incoerência!

Claramente a Bíblia condena o espiritismo, porque os mortos não louvam a Deus e nada sabem ou sentem (Sl 30:9, 146: 4, Ec 9:5,6) e, ao invés de consultá-los, o cristão deve recorrer a Bíblia (Is 8:19 e 20).

Parece que no afã de chegar ao topo da audiência, a Record, que possui como proprietário o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, não hesita em pregar os princípios do Príncipe deste mundo…

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