quarta-feira, 30 de abril de 2008

Simplesmente VIP


Um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal: esses quatro elementos fazem parte de uma das melhores histórias sobre atendimento. Um homem estava dirigindo havia horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel ou uma pousada para descansar. Em poucos minutos, avistou um letreiro luminoso com o nome Hotel Veneta. Quando chegou à recepção, o hall do hotel estava iluminado com luz suave. Atrás do balcão, uma moça de rosto alegre o saudou amavelmente: "Bem-vindo ao Veneta!"

Três minutos após essa saudação, o hóspede já se encontrava confortavelmente instalado no seu quarto e impressionado com os procedimentos: tudo muito rápido e prático. No quarto, uma discreta opulência: uma cama, impecavelmente limpa, uma lareira, um fósforo apropriado em posição perfeitamente alinhada sobre a lareira, para ser riscado. Era demais!

Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite começou a pensar que estava com sorte. Mudou de roupa para o jantar (a moça da recepção fizera o pedido no momento do registro). A refeição foi tão deliciosa, como tudo o que tinha experimentado, naquele local, até então. Assinou a conta e retornou para o quarto. Fazia frio e ele estava ansioso pelo fogo da lareira.

Qual não foi a sua surpresa! Alguém havia se antecipado a ele, pois havia um lindo fogo crepitante na lareira. A cama estava preparada, os travesseiros, arrumados, e uma bala de menta sobre cada um. Que noite agradável aquela!

Na manhã seguinte, o hóspede acordou com um estranho borbulhar, vindo do banheiro. Saiu da cama para investigar. Simplesmente uma cafeteira ligada por um timer automático estava preparando o seu café e, junto, um cartão que dizia: "Sua marca predileta de café. Bom apetite!"

Era mesmo! Como eles podiam saber desse detalhe? De repente, lembrou-se: no jantar haviam perguntado qual a sua marca preferida de café.

Em seguida, ele ouve um leve toque na porta. Ao abrir, havia um jornal. "Mas, como pode?! É o meu jornal! Como eles adivinharam?" Mais uma vez, lembrou-se de quando se registrou: a recepcionista havia perguntado qual jornal ele preferia.

O cliente deixou o hotel encantando. Feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor. Mas o que esse hotel fizera mesmo de especial? Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal.

Nunca se falou tanto na relação empresa-cliente como nos dias de hoje. Milhões são gastos em planos mirabolantes de marketing e, no entanto, o cliente está cada vez mais insatisfeito mais desconfiado. Mudamos o layout das lojas, pintamos as prateleiras, trocamos as embalagens, mas nos esquecemos das pessoas.

O valor das pequenas coisas conta - e muito. A valorização do relacionamento com o cliente. Fazer com que ele perceba que é um parceiro importante.

(Autor desconhecido)

Nota: Essa pequena história e a lição que ela contém valem para o namoro, as amizades, a família e também para a igreja. Imagine alguém chegando à nossa igreja pela primeira vez e recebendo um caloroso aperto de mão, tendo seu nome pronunciado corretamente e sendo acompanhada a um banco, recebendo ajuda para abrir o hinário e encontrar os hinos... Imagine também o marido ajudando a esposa com as atividades domésticas ou no cuidado com os filhos... São atividades simples que revelam a bondade de Deus atuando em nossa vida e que deixam claro que consideramos Very Important Persons (VIPs) as pessoas a quem amamos.[MB]

Mulheres sem direitos


Um relatório do grupo Human Rights Watch considera que a tutela legal de homens sobre as mulheres é o principal obstáculo para a liberdade delas no país. Milhões de mulheres sauditas são impossibilitadas por lei de estudar, trabalhar, viajar, casar, testemunhar em tribunal, legalizar um contrato ou se submeter a um tratamento médico sem o consentimento de um parente homem. Além disto, elas também não podem dirigir carros. Ainda segundo o relatório, as mulheres da Arábia Saudita podem ser legalmente responsáveis por um crime, embora não se considere que elas tenham capacidade jurídica plena. Apesar de o governo ter assinado inúmeros documentos internacionais pelos direitos das mulheres, pouco foi feito para modificar o sistema do país.

(Opinião e Notícia)

Nota: É uma pena que ainda existam regimes que inferiorizam as mulheres. Quando analisamos o relato da Criação, no livro bíblico de Gênesis, percebemos que Deus criou homem e mulher em plena igualdade e em mútua dependência. Infelizmente, o pecado trouxe uma série de problemas à existência humana. Um desses problemas é a "guerra dos sexos".[MB]

Por: Michelson Borges

Meditações Diárias


Os Elias de Hoje
Não to mandei Eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares. Josué 1:9

Hoje, quero conclamá-lo a olhar com simpatia para seus líderes espirituais, os que levam sobre os ombros a responsabilidade da liderança do rebanho do Senhor.

Quantos pastores, anciãos e líderes com pesadas responsabilidades na igreja de Deus têm chegado ao limite do desânimo, assim como aconteceu com Elias. Eles precisam de nossas orações.

"A apostasia predominante hoje", declara Ellen G. White, "é similar à que predominou em Israel nos dias do profeta [Elias]" (Profetas e Reis, p. 170). Apontar o pecado hoje, como nos dias de Elias, é motivo de hostilidade. Os que tentam corrigir erros cometidos no seio da igreja ainda são considerados "perturbadores de Israel".

"Da experiência de Elias durante esses dias de desânimo e aparente derrota muitas lições podem ser tiradas – lições de inapreciável valor para os servos de Deus neste século caracterizado pelo geral abandono do direito" (ibid.).

Segundo o Dicionário Bíblico Adventista, a adoração da deusa Aserá, uma espécie de amante de Baal, era muito atraente para os hebreus e, mesmo em Jerusalém, capital do reino do Sul, sua adoração era comum. Nos dias do rei Manassés, chegaram a colocar uma imagem dela dentro do templo.

"O presente século é tão verdadeiramente um século de idolatria como aquele em que Elias viveu" (ibid., p. 177). Hoje, os deuses são diferentes, mas não menos perigosos. Assim como os hebreus colocaram dentro do templo a imagem de Aserá, muitos deuses hoje estão sendo introduzidos, sorrateiramente, na igreja, cuja aceitação e "adoração" são consideradas normais e sem maiores conseqüências para a nossa salvação. Por tudo isso e muito mais, os mensageiros de Deus não podem silenciar. "Não to mandei Eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes."

Vejam esta declaração: "O vigilante cuidado de Deus, Seu amor, Seu poder, são especialmente manifestados em benefício de Seus servos cujo zelo é mal apreciado ou não bem entendido, cujos conselhos e reprovações são menosprezados, e cujos esforços no sentido de uma reforma são recompensados com ódio e oposição" (ibid., p. 173).

Coragem, trabalho e oração são essenciais ao fiel desempenho na Obra de Deus. "O desânimo é pecaminoso e irrazoável" (ibid., p. 164).

REFLEXÃO: "Não temas, que Eu te ajudo" (Is 41:13).

Água da Fonte - Casa Publicadora Brasileira

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Peixe vive sem sexo há [supostos] 70 mil anos


Cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, estão tentando descobrir como uma espécie de peixe conseguiu sobreviver sem reprodução sexuada há pelo menos 70 mil anos. A população da Molinésia-Amazona, ou Poecilia formosa na nomenclatura científica, é formada apenas por fêmeas e pode ser encontrada na região do Texas, nos Estados Unidos, e no México. A espécie se reproduz por um processo conhecido como ginogênese, que consiste em um tipo de "acasalamento" com machos de outras espécies. O espermatozóide, no entanto, serve apenas para estimular os óvulos da fêmea, não para fecundá-los. Por isso, os filhotes são sempre clones das mães e não herdam traços genéticos do macho.

Segundo os cientistas, criaturas que se reproduzem de forma assexuada apresentam problemas genéticos e freqüentemente são vítimas de extinção pela fraqueza da espécie, o que não teria acontecido com a Molinésia-Amazona.

Para entender o complexo sistema de sobrevivência desse tipo de peixe, os cientistas calcularam há quanto tempo a Molinésia-amazona deveria ter sido extinta, com base em cálculos das modificações genéticas pelas quais passaram várias gerações. Os resultados mostram que a espécie deveria ter sido extinta há 70 mil anos [sic]. No entanto, ela ainda pode ser encontrada atualmente.

De acordo com os cientistas, a espécie deve estar usando alguns "truques" genéticos para sobreviver e o próximo passo da pesquisa será entender quais são eles. "O que nosso estudo demonstra é que este peixe realmente tem alguma coisa especial e que existem alguns truques que ajudam a espécie a sobreviver", disse Laurence Loewe, que liderou o estudo.

Uma hipótese levantada pela pesquisa é a de que, em alguns casos, o peixe pode estar pegando traços do DNA dos machos para estimular a reprodução e renovar sua combinação genética.

Segundo Loewe, as descobertas podem ajudar a compreender melhor os mecanismos de outras espécies. "O interessante é que podemos aprender mais sobre outras espécies que utilizam estes mesmos truques", afirmou.

O estudo foi publicado na revista científica BMC Evolutionary Biology.

(UAI)

Nota: Quando se pergunta a um darwinista como teria surgido o sexo na história evolutiva, aí é que vêm os truques - verbais. Afinal, como explicar a origem de mecanismos, orgãos e sistemas distintos e independentes (no macho e na fêmea), mas perfeitamente interrelacionados? Que "truque" é esse?[MB]

Vida Plena de Poder


“Você precisa ler Vida Plena de Poder”, apelava minha esposa, de quando em quando. Ela estava gostando muito de ler o novo livro de Jim Hohnberger e queria que eu o lesse com ela, mas eu não podia. Tinha que dar conta de outras leituras para o mestrado, terminar alguns trabalhos acumulados, preparar palestras e responder aos comentários do meu blog (dezenas por dia). Eram atividades boas e nobres, eu tentava me justificar. Mas, no fundo, eu sabia que as leituras devocionais/inspiracionais estavam fazendo falta. Me dei conta de que havia dedicado muito tempo a leituras cujo propósito era me capacitar a defender a fé que um dia abracei. Li livros de ateus para saber como eles pensam. Gastei horas e horas em debates intermináveis com céticos, a fim de lhes mostrar uma fé coerente com a razão e com os fatos. Mas, no fim das contas – tenho que admitir –, a fé nem sempre é coerente, assim como o amor não se pode explicar por meio de teoremas e fórmulas. De repente, as palavras do apóstolo Paulo se tornaram tão claras para mim: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1Co 2:2).

Nada neste mundo deve nos fazer negligenciar a oração e a leitura devocional da Bíblia Sagrada. Até os ateus podem ler as Escrituras sem se perguntar onde está Jesus naquelas linhas.

Preocupado com essas coisas, decidi acordar mais cedo nesta semana. Às cinco horas, o despertador tocou. Lavei o rosto. Liguei a luminária ao lado da cama e, finalmente, abri o Vida Plena de Poder. No livro, Hohnberger abre o coração, conta sua história e de outras pessoas que, embora pertencessem a uma igreja e se dissessem cristãs, levavam uma vida vazia, sem poder. “Cristãos infelizes?”, pergunta o autor. E responde: “É melhor acreditar! Nos últimos dezessete anos, tenho viajado por todo o mundo, e esses tipos de cristãos são a regra e não a exceção. São pessoas que, na aparência, parecem maravilhosas. Às vezes, nem mesmo suas famílias sabem, mas elas sabem que são infelizes interiormente.”

“O que eu não entendia”, prossegue Hohnberger, “era que doutrina, por mais correta que seja, junto com a força de vontade humana para implementar mudanças no estilo de vida, não é cristianismo. Não, a Bíblia fala dessa experiência como sendo uma ‘forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder’ (2Tm 3:5).”

Para ele, a prova de fogo do verdadeiro cristianismo e do caráter ocorre na privacidade. “É na maneira como trato meus filhos, minha esposa ou meu cachorro. São os pensamentos que acalento e as emoções a que dou guarida que determinam se minhas práticas religiosas estão me fazendo algum bem em termos de salvação. Se estou empurrando a mim mesmo por aí sem nenhum poder real, então a religião que pratico não merece o nome que ostenta.”

“Muitas igrejas (ou melhor, muitos cristãos) são como a figueira que Cristo amaldiçoou”, compara Hohnberger. “Produzem um espetáculo e brincam de igreja. Seus ramos estão cobertos com a folhagem do fingimento, da tradição, das formas, cerimônias e ritos, mas faltam os frutos que viriam de uma conexão com o Deus vivo. O que significa ser um cristão? Nós nos unimos tão intimamente com Cristo que nos tornamos um. Tal como em um casamento humano, quando tomamos o nome de Cristo, tornamo-nos um com Ele. É isso que significa ser um cristão.”

Você também está cansado de apresentar apenas folhas? Quer ter frutos para fazer sua família, a si mesmo e a Deus felizes?

Dias atrás, também resolvi ler o livro Jesús Extremo, que havia recebido de presente do autor, Marcos Blanco, amigo e colega editor da casa publicadora adventista da Argentina. No capítulo “Morir para nacer”, ele conta sua experiência de afastamento de Deus e de como regressou aos braços do Pai. “Como pode suceder que alguém que haja conhecido o evangelho se distancie depois?”, pergunta ele. “Até que profundidade pode cair? Quão longe pode ir de Deus? São perguntas que sempre me fiz e que nunca terminei de responder. Minha inquietude não é simplesmente uma curiosidade intelectual; não, essas interrogações têm surgido no esforço por explicar minha própria derrota espiritual.”

Marcos conta que é filho de pais adventistas, que cresceu na igreja e estudou em escolas adventistas. Portanto, conhecimento e formação espirituais não lhe faltavam. Mas ele diz que no fim do ensino médio começou a se afastar aos poucos de Deus. Apesar de estar levando um ritmo de vida “divertido”, ele admite que sentia um vazio interior. “Um suave sussurro, um rumor levíssimo, como uma leve ondulação na água de um poço profundo, imóvel havia anos, começou a inquietar meu ser. Sentia o vazio de Deus. Nada podia preencher esse espaço que antes Ele havia ocupado: era a voz do Espírito Santo que chamava a minha consciência.”

Marcos lembra que a Bíblia está repleta de exemplos de pessoas que, havendo conhecido ao Senhor, se apartaram por sendas equivocadas. Mas também são exemplos de restauração, de reconversão, de esperança. Davi é um deles (leia o Salmo 32:1-5). Moisés, Davi, Pedro; muitos foram os que experimentaram a alegria de renascer.

Eu também quero renascer a cada dia. Ter uma vida plena de poder e fazer diferença na vida daqueles a quem amo. Agradeço a minha esposa Débora por me incentivar a buscar o Jesus além das letras. Quero continuar de mãos dadas com meu Amigo, que um dia me salvou e que nunca desistiu de mim.

Não quer você também ter uma vida de poder? Por que não começar hoje?

Michelson Borges

Nota: É exatamente pelo motivo descrito acima que resolvi desabilitar a função de comentários aqui no blog. E isso por tempo indeterminado. Há coisas boas na vida e há as essenciais. Tive que fazer minha escolha. Agradeço de coração a todos os leitores e, em especial, àqueles que dedicaram tempo para escrever comentários. Muitos desses leitores são de outras correntes filosóficas e há até ateus. A presença de vocês aqui me honra e sempre procurei dar espaço a todas as idéias, ainda que discordasse totalmente de muitas delas. Quero convidá-los a continuar lendo minhas postagens e analisando os fatos, levem eles aonde levarem. Sempre à luz das palavras de Paulo: “Julgai [analisai] todas as coisas, retende o que é bom” (1Ts 5:21). Um abraço fraterno a todos.

Meditações Diárias


Prendam os Profetas de Baal
Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto [...] O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! 1 Reis 18:38, 39

Sobre o Carmelo, "diante do rei Acabe e dos falsos profetas, e rodeado das hostes reunidas de Israel, está Elias, o único que apareceu para reivindicar a honra de Jeová. [...] Mas Elias não está sozinho. Acima e ao redor dele estão as forças protetoras do Céu – anjos magníficos em poder" (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 147).

Ousados e desafiadores, os sacerdotes de Baal preparam seu altar. Então, tem início o cerimonial satânico. Com gritos histéricos, exclamam: "Ah, Baal, responde-nos!"... Era já tarde e nada acontecia.

O povo, agora, aguarda Elias. Posso imaginar o rei Acabe ansioso e o coração batendo, acelerado. O profeta reconstrói o altar do Senhor. Prepara o sacrifício e, diante da multidão expectante, faz sua oração com simplicidade, fé e muito fervor: "Ó Senhor, [...] manifeste-Se hoje que Tu és Deus em Israel [...] Responde-me, Senhor, responde-me para que este povo conheça que Tu, Senhor, és Deus."

Nem bem Elias termina a oração e um estrondo no céu quebra o silêncio. Como raio, desce fogo das alturas sobre o altar de Deus, consumindo o holocausto e tudo o mais. Então o povo, de uma só vez, cai prostrado em terra, exclamando: "O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!"

Elias não perde tempo. Aquele é o momento. O profeta, autorizado por Deus, ordena: "Prendam todos os profetas de Baal. Não deixem que nenhum deles escape". E o povo os agarra, e Elias os leva ao pé do monte, ao ribeiro de Quisom, onde todos são executados sumariamente, sem faltar um sequer.

Em seguida, Elias diz a Acabe: "Vá e tome uma boa refeição! Porque estou ouvindo que vem chuva muito forte." Enquanto Acabe vai comer e beber, Elias sobe o monte para orar e interceder pelos arrependidos.

E nós, como estamos? Orando no poder de Elias ou nos banqueteando como Acabe, em total desinteresse pela causa de Deus?

REFLEXÃO: "Elias era tão [...] humano quanto nós, e [...] quando orou fervorosamente que não caísse chuva, não caiu [...]! Depois ele orou de novo [...] e a chuva desceu" (Tg 5:17, 18, BV).

Água da Fonte - Casa Publicadora Brasileira

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Qual o próximo passo no "retorno ao passado"?


Na linha dos posts "A volta da Roma Eclesiástica ao passado" e "De volta ao passado", transcrevo estes interessantes artigos:

Bento da Cruz de Montini para a Cruz de Mastai

Do crucifixo de Paulo VI para a cruz de Pio IX: para uma visão duradoura da continuidade papal, para qual ele já nos convidou com a escolha do nome Bento que supera a linha conciliar de Joãos e Paulos.

De um crucifixo menor do que aquele que o carrega para uma cruz maior do que ele. Como se dissesse: Olhem para ela, não para mim.

Do Crucifixo pós-moderno para a cruz da Tradição. Porque a una sancta catholica fala todas as línguas.

Do Cristo da Kerygma para a cruz do dogma. Para deixar claro que é a Fé de sempre.

Do Cristo da anunciação à cruz da proclamação. Para evidenciar que os cristãos não apenas narram, mas afirmam.

De um crucifixo de prata para uma cruz de outro. Porque sempre foi dito "crux gloriosa".

De um Cristo atormentado do escultor (Lello) Scorzelli para a resplandecente cruz dos ourives papais. Porque todo metal e toda arte são convocados para tomar lugar na liturgia cósmica.

De um crucifixo curvado para uma brilhante cruz. Porque aquilo que foi dobrado, então, levantou-se novamente.

De um crucifixo realista para uma cruz ilustrada, com um medalhão central e três medalhões no final dos braços da cruz. Porque a história evocada não termina com a morte na cruz.

De um crucifixo novo para uma cruz antiga: para estabelecer que a Igreja de sempre não conhece reformas irreversíveis.

Estes são pensamentos que me vieram observando a cruz que o Papa Bento usa nas celebrações desde o Domingo de Ramos, e que ele levou em suas mãos esta manhã para a Missa no Nationals Park Stadium de Washington.

Fonte: TLM

[Tradução Danilo Augusto]


Papa revive (novamente) uma tradição de séculos.


As exéquias do Cardeal Trujillo foram celebradas ontem na Basílica de São Pedro, em Roma, pelo decano do colégio cardinalício Dom Ângelo Sodano.


A missa transcorreu normalmente, sem maiores sobressaltos. Bento XVI não estava presente.O Papa apenas entrou na Basílica, solenemente, para proferir a homilia em memória do saudoso cardeal colombiano e para dar as bênçãos finais.


Nota-se, uma vez mais, o redescobrir de mais uma tradição de séculos, onde o Papa raramente conduzia as exéquias dos cardeais. Inclusive, Bento XVI estava com vestimentas muito antigas e tradicionais.


Fonte - Igreja Una

Meditações Diárias


Círculo do Amor
Mas desde o princípio Deus fez o homem e a mulher para se unirem permanentemente no casamento. Marcos 10:6, BV

Segundo o pastor R. H. Woolsey, "as núpcias são obra de um momento; o matrimônio, porém, é um processo que dura a vida toda".

O verdadeiro casamento é mais que uma bonita e solene cerimônia religiosa num templo todo ornamentado com flores e velas; é mais que cânticos e orquestras, véu e grinalda; é mais que daminhas lindamente vestidas e um sermão comovente, pleno de conselhos úteis; é mais que amigos sorridentes, festa com boas comidas e bebidas e mais o bolo, para dar um saboroso toque de arremate, anunciando que a festa está chegando ao fim. É mais que a assinatura dos noivos, pais e testemunhas nos livros do cartório e da igreja; é mais que uma lua de mel cheia de encantos e o partilhar do leito conjugal.

Sem dúvida, essas coisas são necessárias e fazem parte de todo processo, mas acima de tudo, e este é o ponto mais importante a ser levado em conta, o casamento é a fusão de duas personalidades distintas, sem que uma queira sobrepujar a outra. É preciso não esquecer que entre dois corações unidos pelo amor e renovados pelo Espírito Santo, jamais deverá existir essa questão de autoridade e submissão.

Uma grande fonte da felicidade conjugal está em ambos partilharem todos os privilégios, alegrias e responsabilidades de igual para igual, cada um respeitando a individualidade e as peculiaridades do outro. O lar é exatamente isto: um lugar de tolerância mútua.

"Só em Cristo é que se pode com segurança entrar para o casamento. O amor humano deve fazer derivar do amor divino os seus laços mais íntimos. Só onde Cristo reina é que pode haver afeição profunda, verdadeira e altruísta" (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 68, 69).

Cada família cristã poderá ser muito feliz se aceitar de boa vontade a presença de Deus nesse círculo de amor. Esse relacionamento com Deus só será possível através da oração e do estudo da Bíblia Sagrada.

Se você é casado, não desanime, continue a jornada da vida compartilhando com o cônjuge alegrias e tristezas, lutas e glórias. Prossigam aspirando os mesmos objetivos, caminhando para o mesmo reino, pelejando o mesmo combate, sendo herdeiros juntamente do mesmo legado, hoje ainda invisível – o Lar dos salvos!

REFLEXÃO: "Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem" (Mc 10:9).

Água da Fonte - Casa Publicadora Brasileira

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Miss: Missão Divina


Dizem que “beleza não põe a mesa”. Para ratificar o conceito, a gaúcha Natália Anderle, em entrevista à revista Veja, primeiro justificou imodestamente porque sagrou-se miss Brasil 2008, vencendo outras beldades, provenientes de cada estado do país; em seguida declarou, quase de maneira sacramental : “[…] Eu cumpri a missão maravilhosa que Deus me deu."[1]

Será que Deus comissionaria alguém a cumprir a função de miss, apenas para sustentar a vaidade e representar o Brasil (?) num concurso mundial, que, diga-se de passagem, não traz nenhum benefício real (quer político, econômico, artístico ou cultural) para o país? O único caso na Bíblia de alguém que participou de um concurso dessa natureza é encontrado no livro de Ester (2:2, 3, 8, 9, 12-16).

Xerxes, rei persa, exercia o domínio sobre os judeus, uma vez que os persas haviam conquistado a Babilônia, que escravizara o povo de Judá (II Crônicas 36:17-21;Daniel 1:1 e 2). Na ocasião de um suntuoso banquete real, o rei solicitou a presença da rainha Vasti, uma de suas concubinas reais (Ester 1:11 e12), mas, provavelmente temendo “por sua dignidade no meio de tal grupo embriagado (Heródoto, 5.18), ela recusou-se terminantemente a obedecer as ordens.”[2] Por esta razão, Vasti foi deposta.

Nestas circunstâncias, foi sugerido ao rei que realizasse um “concurso de beleza”, com o fito de escolher uma nova rainha entre as belas jovens que viviam nas províncias que integravam seu vasto império. Mas teria Ester agido certo em participar? Talvez a melhor pergunta a fazer fosse “Ester tinha escolha quanto a participar ou não?”

“Os que sugerem ter Ester cometido pecado por chegar a esta dignidade, não consideram os costumes daqueles tempos nem daqueles países. Cada uma das mulheres que o rei tomava estava casada com ele, e era sua esposa, ainda que de classe inferior.” [3] De alguma maneira, porém, o Senhor dirigiu os acontecimentos, permitindo que Ester, a “miss Pérsia”, salvasse seu povo, demonstrando, além de beleza, abnegação, coragem, disposição de serviço e nobreza de caráter. Ester não entrou em um concurso impulsionado por sua vaidade ou desejo de auto glorificação. A respeito da esposa judia de Artarxerxes pode ser dito, sim, que cumpria uma missão divina. Que Natália nos perdoe, mas, ainda sobre sua declaração, cabe nos lembrar de outro dito corrente: “em boca fechada, não entra mosquito.”

[1] Revista Veja, 23 de Abril de 2008, ano 41, nº 16, edição 2057, p. 46.
[2] Comentário bíblico Moody, disponível no CD-ROOM “Biblioteca Teológica”, vol. 3.
[3] Comentário Bíblico Matheus Henry, disponível no CD-ROOM “Biblioteca Teológica”, vol. 3.

Meditações Diárias


Viver a Bíblia, Dever do Cristão
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. 2 Timóteo 3:16, 17

Todo cristão deve amar a Bíblia e lê-la assiduamente. Deve esforçar-se por viver seus ensinos. A Bíblia deve ocupar o centro individual de cada crente. Até a volta de Jesus esse precioso e velho Livro será a única solução para as indagações da humanidade, a única orientação segura e o farol que nos iluminará o caminho rumo ao Céu. "Na Bíblia, todo dever é esclarecido. Toda lição dada é compreensível. Cada lição nos revela o Pai e o Filho. A Palavra é capaz de fazer-nos sábios para a salvação [...] Pesquisai as Escrituras; pois elas são a voz de Deus falando à alma" (Ellen G. White, Testemunhos Seletos, v. 3, p. 236).

Não desconhecemos, entretanto, as dificuldades que os jovens adventistas enfrentam ao freqüentarem universidades. Professores, "céticos, irreverentes e escarnecedores" que, comparados a um Isaac Newton, a um Benjamin Franklin, a um Kepler e a tantos outros, são pigmeus quanto ao verdadeiro conhecimento. Eles têm procurado desacreditar os conceitos bíblicos perante seus alunos, em total desrespeito às convicções individuais a que todos têm direito.

Vejam o que escreveu o saudoso pastor Enoch de Oliveira em seu livro Ano 2000 – Angústia ou esperança?, à página 172:

"E esses escarnecedores do Livro de Deus ocupam hoje as cátedras de Biologia, Geologia e Paleontologia de quase todas as escolas e universidades. Eles seguem a senda fácil do existencialismo filosófico, do humanismo ateu e do evolucionismo natural. Apresentando aos seus alunos uma caricatura de Deus, reduziram à categoria de mito a inspiração sobrenatural da Bíblia, a criação do homem, o dilúvio universal, a divindade de Cristo e o dogma de Sua segunda vinda ao mundo. Como resultado, temos uma ciência sem consciência e uma geração de cérebros eruditos e corações selvagens."

Que Deus fortaleça aos moços e moças cristãos de nossos dias para que, como Daniel e seus três companheiros na corte e na escola real de Babilônia, sejam fiéis ao seu Deus. E assim como os jovens de Babilônia foram recompensados pelo Céu, serão também os jovens fiéis de hoje.

REFLEXÃO: "Mostre-se fiel até mesmo quando estiver enfrentando a morte e Eu lhe darei a coroa da vida – um futuro glorioso e sem fim" (Ap 2:10, BV).

Água da Fonte - Casa Publicadora Brasileira

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Nas pegadas de Moisés


O americano William Albright, uns dos maiores arqueólogos bíblicos de todos os tempos, costumava dizer: "A arqueologia não pode, e não pretende, provar milagres. Nosso objetivo é, por meio de novas descobertas, reconstruir a realidade histórica de tempos remotos." A idéia se aplica perfeitamente à história de Moisés, o personagem mais notável e enigmático do Antigo Testamento. A epopéia que, segundo as Escrituras, o líder dos hebreus comandou para tirar seu povo do cativeiro egípcio e levá-lo à terra prometida inclui passagens fenomenais, como a travessia do Mar Vermelho, as dez pragas que assolaram o Egito e as tábuas da lei, com os dez mandamentos, que Moisés recebeu das mãos do próprio Criador. Como disse Albright, os milagres jamais serão provados – aceitá-los ou contestá-los será sempre uma questão de fé. Mas as controvérsias não são poucas. Até hoje, não se sabe ao certo se o Êxodo teria acontecido por volta de 1250 a.C. ou 200 anos mais tarde. Também não há nada que comprove se o Monte Sinai, no Egito, teria sido o local onde Moisés teria recebido as Tábuas da lei. Mas achados arqueológicos lançam um foco de luz sobre a vida desse obscuro personagem.

Narrada no livro de Êxodo, a história mostra os hebreus escravizados no Egito e sua peregrinação para Canaã. Os críticos da Bíblia dizem não haver nenhum vestígio do cativeiro egípcio. Não é verdade. Uma ilustração gravada nas rochas de uma caverna no sul do Egito, por volta de 1450 a.C., mostra soldados de pele escura supervisionando o trabalho de homens de pele mais clara, vestidos de tangas de linho. A obra foi feita por ordem de um vizir – espécie de ministro – do faraó Thutmoses, que, acreditam alguns estudiosos, teria sido o soberano do Egito à época de Moisés. "É evidente a relação que a figura faz dos egípcios, de pele mais escura, com os hebreus, mais claros", observa Oséias Moura, doutor em Antigo Testamento pela PUC do Rio de janeiro.

Outra descoberta que remete ao suposto cativeiro egípcio é o túmulo de Amose, comandante do exército de faraó. Nas paredes da tumba, numa vila nos arredores de luxor, os arqueólogos encontraram inscrições que falam da família e das conquistas do general egípcio. Depois de relatar suas vitórias sobre exércitos inimigos, Amose inseriu uma lista de alguns dos seus escravos. A maior parte deles tinha nomes tipicamente hebreus, como Mara, Miriam e Putiel.

Até algumas das pragas que Deus teria derramado sobre o Egito, para forçar faraó a libertar os hebreus, já foram trazidas à luz pela arqueologia. O papiro de Ipuwer, sacerdote egípcio, é um registro pessoal de suas preces ao deus Hórus. No texto escrito em demótico – o egípcio cursivo – e datado de cerca 1350 a.C., Ipuwer reclama: "O rio transformou-se em sangue, nossos animais estão morrendo. As plantações não produzem. A escuridão cobriu a terra." Essas pragas são umas das dez que, segundo o livro do Êxodo, Deus lançou sobre o Egito. O achado mudou o posicionamento de muitos estudiosos que se referiam às pragas como pura ficção. "Eles passaram a acreditar que as pragas fizeram parte de uma grande catástrofe ambiental, que teria devastado a região do Rio Nilo naquela época", diz Rodrigo Silva.

Deixando o campo minado dos milagres, um achado especial marcou a história da arqueologia bíblica e pode até posicionar Moisés e Êxodo na linha do tempo. Em 1896, nas proximidades de Tebas, no Egito, foi encontrada a Estela (uma placa de pedra) do faraó Merneptah, datada ano 1220 a.C. A peça traz uma lista das vitórias de Merneptah sobre povos inimigos. Israel é um desses povos. É a mais antiga referência não-bíblica a Israel já encontrada. Entre outras citações, o texto diz: "A Líbia está devastada, Israel está aniquilado e suas sementes não mais germinarão." Os sinais utilizados na inscrição sugerem Israel como pessoa ou povo, e não como lugar, como defendem alguns estudiosos.

(Revista Terra, maio de 2003, ano 12, n° 133)


Leia também: "As pragas do Egito"

Mais um seriado bagunça o relato bíblico


O canal HBO [estreou no dia 19] a minissérie "Anjos Caídos", tradução para Fallen. A minissérie foi exibida nos EUA pelo canal a pago ABC Family, mesma emissora de Kyle XY e Wildifre. O canal [começou] a exibir a primeira parte, de três, da mini dirigida por Mikael Salomon. A primeira parte [foi] exibida às 19h25 e a segunda, às 21 horas. ... A minissérie conta a história de Aaron Corbett (Paul Wesley, "The OC"), um adolescente órfão de 18 anos, que acaba de ser adotado. Seu protetor revela que o jovem é, na verdade, metade humano e metade anjo. Corbett foi eleito para liderar uma batalha contra o mal. A partir daí, parte em busca de sua identidade e sobre mais conhecimentos de seus poderes. Ainda no elenco estão Ricky Worthy, Stuart Cowan (Brothers & Sisters) e Alex Ferris.

(Guia de Seriados)

Nota de Douglas Reis:
Tudo começou com a má compreensão do texto bíblico de Gênesis 6:2, a passagem que fala de casamentos mistos entre descendentes de Caim e os descendentes de Sete (respectivamente, chamados de "filhos dos homens" e "filhos de Deus"), foi tomada como indício de que, no passado, demônios se uniram sexualmente a seres humanos, gerando os "gigantes" da Terra. Agora, nesse seriado, a suposta raça híbrida advinda da união demônios/seres humanos tem a possibilidade de voltar ao Céu, através de uma espécie de Messias (justamente o jovem Aaron Corbett). Os querubins de Deus são exterminadores implacáveis, que perseguem essa "pobre" raça de "caídos" (daí o nome da série, Fallen, caídos, em inglês). Na série, os anjos do "Senhor" é que passam por vilões. Em um dos episódios, Aaron se encontra com Lúcifer, que lhe revela que ele, Aaron, é a esperança dos "caídos".

Com tanta distorção da Bíblia, não é de se estranhar que a série seja produzida pelo canal ABC de propriedade da... Disney!

Tremor é o 6º maior registrado no País



O tremor de terra que foi sentido nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina por volta das 21h desta terça-feira, foi o sexto maior registrado na história do País, segundo o chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), Lucas Vieira Barros. O registro de abalos começou em 1922. O sismo, moderado, atingiu 5,2 graus na escala Richter e foi registrado a 270 km da cidade de São Paulo e a 218 km de São Vicente. O índice máximo na escala Richter é de 9 graus.

O abalo em São Paulo também foi registrado pelo órgão americano U.S. Geological Survey (USGC). O epicentro foi registrado no mar, na costa do Estado, segundo informou o professor George França, também do observatório.

Barros classificou como "impossível" a ocorrências de tsnunamis devido ao abalo. Ele considera "pouco provável" [que haja] novos tremores de terra de maior ou mesma magnitude, mas acredita que outros menores vão acontecer. Segundo o chefe do observatório, o maior abalo registrado no País atingiu 6,2, no ano de 1955.

Ainda de acordo com Barros, não há previsão para conclusões sobre o que efetivamente provocou o tremor de terra. Ele afirmou que, para entender o que ocorreu, são necessários estudos "muito demorados". "Provavelmente esse sismo se deu ao longo de uma falha geológica. ... É um sismo interplaca, distante das margens das placas (tectônicas) e é muito difícil entender a natureza desses sismos", disse.

(Terra)

Meditações Diárias


A Bíblia Sagrada
A Palavra do Senhor é provada. Salmo 18:30

A Bíblia tem assombrado os grandes homens de todas as épocas porque tudo o que Deus fala através de suas páginas é absolutamente digno de confiança e plenamente verdadeiro.

No livro Caminho a Cristo, à página 112, lemos: "Por que creio na Bíblia? – Porque achei que ela é a voz de Deus falando à minha alma."

Durante séculos, surgiram no cenário da história grandes mestres da pesquisa e da crítica, que fizeram exame minucioso das suas páginas, vistoriando todos os recantos do seu conteúdo, na esperança de encontrar algum meio de rebaixar o valor das Escrituras. Tudo, porém, em vão. Ao contrário, muitos se confessaram maravilhados e alguns até permitiram que sua vida fosse transformada pela revelação divina do Livro.

Jean Jacques Rousseau, renomada celebridade da filosofia, depois de pormenorizado e meticuloso exame, não hesitou em proclamar a pureza dos ensinamentos da Bíblia, e a sublimidade da sua sabedoria, exclamando: "Lê os livros dos filósofos e contempla a sua importância; pois eu lhes afirmo serem eles mesquinhos, comparados com esse Livro."

Friedrich Julius Sthal (1802-1861), político e advogado eclesiástico, filho de judeus e convertido ao cristianismo, revoltava-se contra a indiferença do cristão diante da Bíblia. Era compreensível para ele, que os não cristãos não dessem valor à Bíblia ou que a odiassem, mas não podia conceber o cristão afastado do próprio Livro Sagrado, base da sua fé e crença e fonte da sua inspiração.

Bismarck, grande cérebro diplomático da Alemanha, quando jovem, levava uma vida desregrada e aventureira. Tendo, porém, lido os trabalhos de Stahl, teve a sua vida e conduta transformadas. Anos mais tarde, em 1851, comparando a sua vida de juventude com a atual, escreveu: "Não posso conceber um homem que, vivendo a pensar somente em si, sem querer saber coisa alguma a respeito de Deus e de Sua Santa Palavra, possa ficar imune da soberba e vaidade e do enfado e aborrecimento! Não compreendo como eu agüentava o peso da vida perigosa que vivia. Agora, se for condenado a viver outra vez a minha antiga vida, sem Deus, atirarei a vida fora como roupa imunda" (Ensaios e Discursos de N. Jafet, p.100, 101).

Nós que sempre fomos considerados o povo da Bíblia, como estamos hoje em relação a ela? A resposta é minha e sua, individualmente. Mas não nos esqueçamos: ela pode transformar nossa vida.

REFLEXÃO: "O que me consola [...] é isto: que a Tua Palavra me vivifica" (Sl. 119:50).

Água da Fonte - Casa Publicadora Brasileira

terça-feira, 22 de abril de 2008

Islamismo É a Maior Religião do Mundo


No final do mês passado L'Osservatore Romano, o jornal do Vaticano, noticiou que o Islamismo tomou o lugar do Catolicismo Romano como a maior religião do mundo.

De acordo com o compilador do Annuario Pontificio, entrevistado pelo jornal, no final de 2006 17,4% do mundo era católico, enquanto 19,2% era muçulmano.

A explicação inicial para a mudança foi a taxa de natalidade bem maior entre os muçulmanos.

Os cristãos, no entanto, ainda são maioria, com 33% da população mundial. Para o Monsignor Formenti, a América do Sul continua sendo a fortaleza do catolicismo.

No final da reportagem, numa clara provocação através de uma curta história entitulada "O Último Natal", o popular escritor italiano Valerio Massimo Manfredi imagina o futuro em que o Islamismo tenha se tornado a religião dominante na Itália e o papa seja obrigado a deixar São Pedro.


Leia mais, aqui.


Felicidade das Crianças Relacionada à Espiritualidade


No final de março, um estudo da Universidade de British Columbia foi apresentado com a conclusão de que a espiritualidade é responsável em grande parte pela felicidade das crianças.

O estudo analisou 315 crianças com idades entre 9 e 12 anos, buscando determinar uma relação entre espiritualidade e felicidade.

Os resultados surpreenderam: entre 6,5 e 16,5% da felicidade de uma criança pode ser relacionado à sua espiritualidade.

Segundo um dos envolvidos no projeto, a expectativa era bem menor. Pensava-se que a espiritualidade das crianças era muito imatura para ter um efeito no seu bem estar.


Leia o relato no USA Today.

Meditações Diárias




Suportando um ao Outro em Amor
Digno de honra entre todos seja o matrimônio. Hebreus 13:4

Eva foi o encanto da vida de Adão. Mas ela não foi sempre perfeita. Sabemos que foi ela quem pecou primeiro, mas, mesmo assim, Adão não pediu a Deus para divorciar-se dela, ao contrário, continuou a amar a companheira cada vez mais.

Assim como Eva, a mulher de hoje também tem necessidade de ser amada, protegida, apreciada e valorizada, mesmo com possíveis defeitos.

Conta-se a história de uma mulher que nunca havia ouvido do marido uma palavra de amor e apreciação. Ele achava que isso era bobagem. E quando alguma coisa não dava certo, suas palavras saíam como farpas envenenadas, atingindo em cheio o coração magoado da esposa.

Um dia, porém, ela ficou muito doente e foi levada para o hospital. Tudo o que os médicos podiam fazer foi feito, mas ela piorava cada vez mais. O esposo foi chamado às pressas, pois ela podia morrer a qualquer momento.

Quando ele chegou ao hospital e viu o estado em que a esposa se encontrava, exclamou angustiado: – Você não pode morrer... Você é tudo para mim. Eu preciso tanto de você! – Ao que ela, com voz fraca, respondeu: – Por que só agora você me disse isso?

Essa declaração da parte dele foi para ela como um elixir miraculoso. Aos poucos foi melhorando e recobrou a saúde. Ela estava morrendo por falta de amor.

Que dizer das Evas e dos Adões modernos que, pelos motivos mais fúteis (temos as exceções) e com muita naturalidade, dizem: "Não quero mais viver com você... Vou viver a minha vida." Mas, e os filhos? Os esposos cristãos devem considerar: Como ficarão os filhos ao serem privados da saudável companhia dos pais? Eles não pediram para nascer, mas agora que vieram ao mundo, por escolha dos próprios pais, se vêem no vale da decepção e do desespero, ao serem privados do convívio familiar e do aconchego do lar. Ainda bem que têm havido superações.

Será isso, porventura, agradável a Deus? Se apenas o cônjuge rejeitado fosse a vítima já seria deplorável haver divórcio entre nós. Porém, as maiores vítimas são os filhos desses lares despedaçados que, em muitos casos, tornam-se problemas para os próprios pais separados, como também para a sociedade.

Se os pais se despissem do egoísmo, tivessem mais espírito de tolerância, de perdão, de diálogo, de reconciliação e pensassem mais nos filhos, não haveria tantas separações. O mundo, então, seria muito melhor!

REFLEXÃO: "Faça-me o Senhor o que bem Lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti" (Rt 1:17)

Água da Fonte - Casa Publicadora Brasileira

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Jovem Baleado em Frente ao Colégio Adventista


estudante Juan Ferreira, de 16 anos, levou um tiro no final da manhã desta segunda-feira, 14, na porta da Escola Adventista de Itapagipe [município mineiro], onde estudava. Juan foi baleado por outro garoto de mesma idade, de prenome Maxwell, que fugiu do local.



Segundo informações da polícia, Maxwell não é aluno da Escola Adventista, e estudaria no Educandário Santa Rita.


De acordo com os colegas de Juan, o autor dos disparos teria agredido Juan Sérgio por vingança. Após uma discussão na sexta-feira (11), ele teria ameaçado o estudante de morte.
Juan foi socorrido e levado ao Hospital Geral do Estado (HGE).


O caso está sendo investigado pela 3ª CP do Bomfim e pela Delegacia do Adolescente Infrator (DAI).


fonte: A Tarde


Eu estava almoçando em casa quando assisti a essa notícia no Record News, o que muito me estarreceu. Como adventistas, pregamos a não-violência em todas as situações e, agora, somos surpreendidos por um crime cruel acontecido em uma de nossas instituições.


Obviamente repudiamos esta ação violenta e entregamos a família enlutada nas mãos de Deus, o Pai de toda consolação, esperando que as autoridades solucionem completamente o caso, para que a justiça seja feita.

Por:Questão de Confiança

Bush e Bento 16 defendem fé e lei moral comum


Ao receber [no dia 16] o papa Bento XVI na Casa Branca, o presidente norte-americano George W. Bush deu suas boas-vindas ao Pontífice, dizendo que os Estados Unidos devem combater o relativismo e buscar uma lei moral comum para todos. Bento retribuiu, afirmando que confia na preocupação norte-americana para resolver conflitos internacionais e disseminar o progresso.

"A nação dos Estados Unidos está comovida com Sua decisão de passar Seu aniversário [de 81 anos] conosco", disse Bush, ao lado da primeira-dama, no encontro oficial realizado ... na Casa Branca.

O presidente agregou que "o mundo precisa de sua mensagem para se opor à mensagem do relativismo", fazendo eco a discursos de visitas anteriores do Papa ao país (ainda como cardeal), quando já criticava o ceticismo e o relativismo da fé religiosa. "Os Estados Unidos acreditam na liberdade religiosa, no amor pela liberdade e na lei moral comum", continuou Bush.

Logo em seguida, Bento XVI pediu que o povo norte-americano encontre, na própria crença religiosa, "discernimento e inspiração" para lidar com as "questões políticas [cada vez mais] complexas", baseando-se sempre na fé. [A velha mistura entre fé e política..]

O Papa também expressou sua confiança em que a "preocupação [dos Estados Unidos] pela ampla família humana" continue se traduzindo "no apoio aos esforços pacientes da diplomacia internacional, orientados a resolver os conflitos e a promover o progresso". ...

"Deus abençoe a América [os Estados Unidos]", foi a frase que o papa Bento XVI julgou propícia para terminar seu discurso na cerimônia de boas-vindas. Esta é a segunda vez na história que um papa visita a Casa Branca (o primeiro foi seu antecessor, João Paulo II, em 1979).

(Ansa Latina)

Moisés pode não ter existido, sugere pesquisa arqueológica

A saga de Moisés, o profeta que teria arrancado seu povo da escravidão no Egito e fundado a nação de Israel, tem bases muito tênues na realidade, segundo as pesquisas arqueológicas mais recentes. É praticamente certo que, em sua maioria, os israelitas tenham se originado dentro da própria Palestina, e não fugido do Egito. O próprio Moisés tem chances de ser um personagem fictício, ou tão alterado pelas lendas que se acumularam ao redor de seu nome que hoje é quase impossível saber qual foi seu papel histórico original.


É verdade que as opiniões dos pesquisadores divergem sobre os detalhes específicos do Êxodo (o livro bíblico que relata a libertação dos israelitas do Egito) que podem ter tido uma origem em acontecimentos reais. Para quase todos, no entanto, a narrativa bíblica, mesmo quando reflete fatos históricos, exagera um bocado, apresentando um cenário grandioso para ressaltar seus objetivos teológicos e políticos.

Airton José da Silva, professor de Antigo Testamento do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP), resume a situação: "O Moisés da Bíblia é
claramente 'construído'. Pode até ter existido um Moisés lá no passado que inspirou o dos textos, mas nada sabemos dele com segurança. Nas minhas aulas de história de Israel, começo com geografia e passo para as origens de Israel em Canaã [antigo nome da Palestina], não trato mais de patriarcas e nem do Êxodo".

Data-limite
Os pesquisadores dispõem há muitos anos do que parece ser a data-limite para o fim do Êxodo. Trata-se de uma estela (uma espécie de coluna de pedra) erigida pelo faraó Merneptah pouco antes do ano 1200 a.C. A chamada estela de Merneptah registra uma série de supostas vitórias do soberano egípcio sobre territórios vizinhos, entre eles os de Canaã. E o povo de Moisés é mencionado laconicamente: "Israel está destruído, sua semente não existe mais". Não se diz quem liderava Israel nem que regiões eram abrangidas por seu território. Trata-se da mais antiga menção aos ancestrais dos judeus fora da Bíblia.

Inscrição em hieróglifos feita sob ordem do faraó Merneptah pouco antes de 1200 a.C. Esse trecho do texto diz: "Israel está destruído, sua semente não existe mais"

Se a saída dos israelitas do Egito ocorreu, ela precisaria ter acontecido antes disso. A Bíblia relata que, cerca de 400 anos antes de Moisés, os ancestrais do povo de Israel, liderados pelo patriarca Jacó, deixaram seu lar na Palestina e se estabeleceram no norte do Egito, junto à parte leste da foz do rio Nilo. Os egípcios teriam permitido esse assentamento porque, na época, o mais importante funcionário do faraó era José, filho de Jacó. Décadas mais tarde, um novo faraó teria ficado insatisfeito com o crescimento populacional dos descendentes do patriarca e os transformado em escravos.

Por algum tempo, arqueólogos e historiadores acharam que haviam identificado evidências em favor dos elementos básicos dessa trama. É que, por volta do ano 1700 a.C., a região da foz do Nilo foi dominada pelos chamados hicsos, uma dinastia de soberanos originários de Canaã e de etnia semita, tal como os israelitas. (O nome "Jacó", muito comum na época, está até registrado entre nobres hicsos.)

Pouco mais de um século mais tarde, os egípcios expulsaram a dinastia estrangeira de suas terras. Isso mataria dois coelhos com uma cajadada só. Explicaria a ascensão meteórica de José na burocracia egípcia, graças à proximidade étnica com os hicsos, e também por que seus descendentes foram escravizados -- eles teriam sido associados à ocupação estrangeira no Egito.

O problema com a idéia, no entanto, é que não há nenhuma menção aos israelitas ou a José e sua família em documentos egípcios ou de outros reinos do Oriente Médio nessa época. Pior ainda, até hoje não foi encontrado nenhum sítio arqueológico no Sinai que pudesse ser associado aos 40 anos que os israelitas teriam passado no deserto depois de deixar o Egito.

Reprodução
O mosteiro de Santa Catarina, no Sinai, é tradicionalmente identificado com o local onde Moisés teve seu encontro com Javé (Foto: Reprodução)Os textos egípcios também não falam em nenhum momento da fuga liderada por Moisés, se é que ela ocorreu. "Isso é um problema grave. O argumento de que os egípcios não registravam derrotas é falso: a saída de um pequeno grupo nem era um revés, e eles relatavam derrotas sim, mesmo quando diziam que tinha sido um empate", afirma Airton José da Silva.


Apiru = hebreus?
Para Milton Schwantes, professor da Faculdade de Filosofia e Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo, outro problema com a ligação entre os israelitas e os hicsos é dar ao Êxodo uma dimensão muito mais grandiosa do que seria razoável esperar do evento. "É uma cena de pequeno porte -- estamos falando de grupos minoritários, de 150 pessoas fugindo pelo deserto. Em vez do exército egípcio inteiro perseguindo essa meia dúzia de pobres e sendo engolido pelo mar, o que houve foram uns três cavalos afundando na lama", brinca Schwantes.

Ele é menos pessimista em relação aos possíveis elementos de verdade histórica na narrativa do Êxodo. Os israelitas são freqüentemente chamados de "hebreus" nesse livro da Bíblia, uma mistura de nomenclaturas que deixou os estudiosos com a pulga atrás da orelha. Documentos do Oriente Médio datados (grosso modo) entre 2000 a.C. e 1200 a.C., porém, falam dos habiru ou apiru -- grupos que parecem ter vivido às margens da sociedade, atuando como trabalhadores migrantes, escravos, mercenários ou guerrilheiros.

"Ou seja, os hebreus talvez não fossem um grupo étnico, mas uma categoria social, de pessoas que muitas vezes eram forçadas a participar de grandes construções no Egito, sem receber o necessário para o seu sustento", afirma Schwantes. Ele também vê sinais de memórias históricas antigas nos nomes de algumas cidades egípcias mencionadas na narrativa do Êxodo -- lugares que foram ocupados por um período relativamente curto de tempo, por volta de 1200 a.C.

"O próprio nome de Moisés é um nome egípcio que os israelitas não entenderam", diz Schwantes. Parece ser a terminação "-mses" presente em nomes de faraós como Ramsés e quer dizer "nascido de" algum deus -- no caso de Ramsés, "nascido do deus Rá". No caso do líder dos israelitas, falta a parte do nome referente ao deus.

Mar: Vermelho ou de Caniços?
O momento mais famoso da saída dos israelitas do Egito é o confronto entre Moisés e o exército egípcio no Mar Vermelho, quando, por ordem de Deus, o profeta abre as águas para que seu povo passar e as fecha para engolir os homens do faraó. No entanto, é possível que a história original tenha se referido não a águas oceânicas, mas a um pântano.

Explica-se: o sentido original do hebraico Yam Suph, normalmente traduzido como "Mar Vermelho", parece ser "Mar de Caniços", ou seja, uma área cheia dessas plantas típicas de regiões lacustres. Assim, nas versões originais da lenda, afirmam estudiosos do texto bíblico, os "carros e cavaleiros" do Egito teriam ficado presos na lama de um grande pântano, enquanto os fugitivos conseguiam escapar. Conforme a tradição oral sobre o evento se expandia, os acontecimentos milagrosos envolvendo a abertura de um mar de verdade foram sendo adicionados à história.

O dado mais importante sobre a dimensão real do Êxodo, no entanto, talvez venha da Palestina. Israel Finkelstein, arqueólogo da Universidade de Tel-Aviv, em Israel, conta que uma série de novos assentamentos associados às antigas cidades israelitas aparecem na Palestina por volta da mesma época em que a estela de Merneptah foi erigida. Acontece que a cultura material -- o tipo de construções, utensílios de cerâmica etc. -- desses "israelitas" é idêntica à que já existia em Canaã antes de esses assentamentos surgirem. Tudo indica, portanto, que eles seriam colonos nativos da região, e não vindos de fora.

Para Finkelstein, isso significa que a história do Êxodo foi redigida bem mais tarde, por volta do século 7 a.C. O confronto com o Egito teria sido usado como forma de marcar a independência dos israelitas em relação aos vizinhos, que estavam tentando restabelecer seu domínio na Palestina. A figura de Moisés, talvez um herói quase mítico já nessa época, teria sido incorporada a essa versão da origem da nação.

Fonte: G1 ( Globo. com )




NOTA :Tentar mudar o curso da história biblica, hoje não passa de devaneios ou pura invenção de pessoas que tentam, absurdamente, provar o improvável, para que cada vez duvidem do poder do Salvador. Pura ignorância !!!!

Meditações Diárias


Qualidade da Oração
Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento. 1 Coríntios 14:15, ARC

Os três elementos básicos de um culto "racional" são: louvor a Deus, que é para Sua glória; adoração a Deus, que é nossa contemplação; e oração a Deus, que é nossa comunicação.

Pensemos um pouco sobre a qualidade das nossas orações. Quando falo em qualidade da oração não estou me referindo a frases eruditas ou palavras difíceis de serem entendidas, mas de sinceridade e autenticidade, que fale de um "abrir do coração a Deus"; que expresse a necessidade do poder divino que é capaz de dar ânimo à alma desesperançada, saúde ao enfermo, e perdão ao pecador.

A incapacidade de orar bem é a causa de muitas pessoas considerarem o evangelho uma simples e inútil filosofia de vida. O pastor Edward Heppenstall, falando dessas orações vazias, declarou: "Às vezes, as orações se tornam frias e formais. Degeneram em meras palavras. Passam a ser um exercício religioso sem nenhum proveito. Não há em tais orações mais vida do que haveria num cadáver."

Se quando oramos nada acontece, é sinal de que a ligação com o reservatório divino está com algum problema. Não teria sido esse o motivo do fracasso dos discípulos, enquanto Jesus Se transfigurava sobre o monte? Não puderam expulsar aquele demônio porque estavam desligados da fonte de poder (Jo 9:28, 29).

Certa ocasião, realizando um batismo no interior de São Paulo, o pastor Luiz Braun teve que enfrentar uma situação nada confortável. O batismo seria realizado ao ar livre, num riacho que passava pelo sítio de um membro da igreja.

Estavam ali várias pessoas adventistas e não adventistas para assistir ao batismo de alguns candidatos. Depois dos cânticos, do sermonete e da oração, o pastor entrou na água com um dos candidatos, e uma das pessoas que assistia ao evento foi tomada por um espírito maligno e começou a perturbar a cerimônia batismal.

Sem perder a calma, de dentro da água, o pastor Braun fez uma curta mas poderosa oração, pedindo a intervenção divina e, com a voz forte, ordenou "em nome de Jesus" que o diabo se retirasse imediatamente, pois ali não era seu lugar. Sem dizer uma palavra o inimigo se afastou e tudo voltou à calma. Quando alguém ora, com poder, as coisas acontecem. E nós, você e eu, como estamos quanto às nossas orações?

REFLEXÃO: "Orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda a perseverança e súplica por todos os santos [...]" (Ef 6:18).

Água da Fonte - Casa Publicadora Brasileira

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Lição 3 – A realidade de Sua humanidade


Introdução 

A lição desta semana fala do ministério da encarnação, seu porquê e menciona um forte grupo, dentro da igreja cristã, que se opôs a esse conceito desde os tempos antigos, os gnósticos. Seria bom ter em conta que toda heresia consiste não numa apresentação totalmente contraditória da verdade, mas num desequilíbrio dela. Noutras palavras, uma das estratégias de Satanás para induzir ao erro é levar os homens a tomar um dado da verdade e sobreestimá-lo em detrimento de outro, o que gera o engano. Exemplo: Somos salvos pela graça, não é mesmo? Pois bem, o inimigo pode incentivar uma sobrevalorização tão extensa da graça a ponto de praticamente anular a Lei de Deus e a considerar obsoleta ou revogada na cruz. Por outro lado, ele incentiva como resposta uma sobrevalorização exacerbada da lei a ponto de criar um legalismo em que a graça quase não tem oportunidade de atuar. A falta de equilíbrio entre dados de determinada verdade é o que gera doutrinas distorcidas dentro da Igreja. Outro exemplo: A Trindade é constituída de três pessoas que formam um único Deus. Posso enfatizar com tamanha ênfase a unicidade de Deus que negue a pluralidade pessoal dEle, chegando a supor que se trata de uma só pessoa divina que ora se apresenta como Pai, ora como Filho e ora como Espírito. Por outro lado, posso enfatizar tanto o pluralismo pessoal da divindade que crio um triteísmo (três deuses) que também é outra forma de distorcer a doutrina de Deus.

Foi assim que o inimigo agiu no passado e assim ele age hoje. No começo, incutiu nos homens que um Deus é pouco e criou uma multidão deles (politeísmo). Depois, disse que muitos são demais, e criou a idéia de nenhum Deus (ateísmo). Por isso, é possível dizer que a heresia é um lado da verdade que ficou louco!

No caso da natureza divino-humana de Cristo, a atitude do enganador foi a mesma. Para uns, ele incentivava uma crença exagerada na humanidade de Cristo, a ponto de praticamente negar Sua divindade, tornando-O, no máximo, um ser humano especial. Para outros, ele sugeria uma ênfase sem limites na divindade do Filho de Deus que quase chegava a anular qualquer traço de humanidade existente em Sua pessoa. É sobre esses grupos que estudamos nesta semana.

I – O mistério da encarnação

Talvez essa parte da lição possa ser introduzida com esta pequena reflexão ou confissão teológica: "Quando estudamos os vários tratados de teologia sistemática, deparamo-nos com muitas coisas profundas e até difíceis de se reproduzir. A conclusão é que a essência de Deus ainda está muito distante de qualquer discurso que se intente fazer de Sua pessoa!"

Disseram-me, por exemplo, que Deus é onisciente, que sabe tudo e não é surpreendido por nenhum evento futuro; que Ele nem precisa raciocinar, pois já sabe o fim desde o princípio. Confesso que aceitei pela fé, mas não entendi Deus! Depois, disseram que Ele não teve começo, nem terá fim. Tentei voltar mentalmente no mais longínquo passado que minha imaginação permitiu. Mas ainda fiquei sem entender Deus. Disseram que Ele é tão grande e infinito que dificilmente haveria um espaço em que pudesse caber o Seu corpo. Minha mente deu um nó e continuei sem entender Deus! Finalmente, começaram as aulas de Cristologia e aprendi que Deus Se fez carne e habitou entre nós, tornando-Se um de nós. Somente aí comecei a entender um pouquinho sobre Deus e a ter a capacidade genuína de amá-Lo como meu Salvador!

A encarnação nos oferece um belo quadro da Divindade. Ela não esgota o todo de Deus; é apenas uma revelação oferecida por meio da segunda pessoa da Trindade, mas é o suficiente para nossa relação com Ele. É o rosto divino que a humanidade pecadora pode contemplar. Certa mãe colocou, uma vez, seu filhinho no quarto à noite, para dormir. Ao sair, ela ouviu o pequenino dizer: "Mamãe, você não vai me deixar aqui sozinho, não é? Está tão escuro..." "Eu sei que está escuro, replicou a mãe do menino, mas Deus está contigo". "Eu sei que Deus está aqui, choramingou o pequeno, mas eu quero alguém com um rosto!"

Alguém com um rosto! Era o desejo universal de uma humanidade pecadora. Em Cristo nós temos esse Deus e podemos contemplá-Lo sem medo de ser exterminados por Sua presença.

Em 1 Timóteo 3:16, Paulo fala do "Mistério da Piedade". Essa palavra grega, mysterion, é significativa nos escritos de Paulo. Ele a usa pelo menos umas 20 vezes em seus escritos. Para os adeptos das religiões de mistério que permeavam o império romano, o mistério era um ritual ou doutrina secretos que somente a elite dos iniciados na seita poderia conhecer. Para Paulo, no entanto, todos podiam gratuitamente conhecer esse mistério, desde que o aceitassem pela fé, pois, afinal, ele tinha agora sido revelado em Cristo Jesus. Paulo, aliás, foi mais longe dizendo que esse mistério é o Evangelho antes oculto, mas agora revelado, que ele mesmo pregou (Rm 16:25-26; 1Co 2:1, 6-16; 4:1; Ef 6:19). Algumas vezes o "mistério" se refere a um aspecto específico do plano da redenção, como a inclusão dos gentios na igreja, a transformação dos crentes por ocasião da segunda vinda de Cristo ou a união de todas as coisas na pessoa de Cristo (1Co 15:51; Ef 1:9; 3:3, 4, 9).

Seja como for, os protagonistas desse grande mistério são: Deus, que projeta o plano da redenção e o revela; Jesus Cristo que o executa na história, morrendo pelos pecadores, o Espírito Santo que convence os pecadores, e o ser humano que não só é alcançado por esse plano como ainda o transmite a seus irmãos em todo o mundo.

O mistério foi, pois, montado por Deus, auto-revelado em Cristo, anunciado pelos homens, registrado pela Bíblia e efetivado pelo Espírito. Tudo sempre, "na plenitude dos tempos" (Cl 1:26-28; 4:3).

II – Questionamentos gnósticos

As primeiras distorções dentro do cristianismo alusivas à pessoa de Cristo começaram na segunda metade do primeiro século e foram se intensificando à medida que o tempo caminhava para os anos 90 e início do segundo século da Era Cristã. Na verdade, as discussões conciliares sobre a pessoa de Cristo se estenderam até por volta do século 4. E hoje, curiosamente, muitas das polêmicas levantadas naqueles idos estão voltando à baila nas declarações de alguns teólogos e também religiosos que não mais aceitam a divindade de Jesus Cristo.

Este resumo histórico poderá ajudar a classe a entender como se processou a discussão:

A igreja apostólica começou com dois possíveis centros: Nazaré e Jerusalém (mais tarde substituída por Antioquia). A função destes centros (mais Jerusalém e Antioquia, pois Nazaré não pareceu exercer muita influência) era em maior escala missionária e em menor escala administrativa.

Com a "nova diáspora" dos apóstolos para o mundo gentílico, causada pelas perseguições iniciadas por Herodes, Cláudio e Nero, estes centros originais se esvaziaram e é difícil dizer como ficou seu papel centralizador durante esse período. A partir de então, as igrejas que se fundavam pelo trabalho de um apóstolo ou missionário se caracterizavam como uma comunidade deste discípulo e tinham um comportamento quase autóctone em relação a igrejas fundadas por outro pregador. Noutras palavras, as comunidades administravam-se a si mesmas, e sua unidade era feita pelo trabalho daquele pregador pioneiro (poderia ser Paulo, Pedro ou outro). Mas isso, é claro, não nega uma unidade maior do cristianismo nem deve servir de modelo para a organização hoje, pois era uma situação especial de perseguição à qual a Igreja procurava sobreviver – uma realidade bem diferente da IASD em nossos dias!

Continuando, as igrejas nesta época eram todas "igrejas do lar" (domus ecclésiae) e não um templo próprio conforme temos hoje. Os cristãos se reuniam na casa de um convertido do grupo que tivesse maiores condições de reunir os demais (Rm 16:5; 1Co 16:20; Cl 4:5). Assim, uma comunidade específica (igreja de Éfeso, de Esmirna, de Corinto, etc.) poderia ser composta de meia dúzia de famílias ou menos. Ademais, é possível que numa mesma cidade (especialmente nas metrópoles) houvesse mais de uma igreja cristã, fundadas por diferentes apóstolos.

Em alguns casos, uma igreja poderia até se rivalizar com outra, como podemos subtender de 3 João 9-12. Gaio e Diótrefes talvez tivessem sido chefes de diferentes comunidades que estavam na mesma cidade. Neste sentido é razoável supor que cada uma tenha sido fundada por um missionário diferente (talvez uma por Paulo outra por João). Seja como for, o trabalho de unificação das igrejas não deveria ser nada fácil nessa época!

Entre os anos 70 a 90 d.C., há um hiato silencioso que não nos esclarece como estavam as relações hierárquicas dentro do cristianismo. É possível que, com a ausência dos apóstolos mortos, restando somente João, a liderança local tenha sido ocupada por líderes não muito afinados com a pregação apostólica ou com a liderança centralizada em Antioquia (que talvez também tivesse se diluído por causa da perseguição).

Assim vemos, especialmente nos escritos de João, a preocupação com movimentos dissidentes cada vez mais numerosos dentro do cristianismo. E a tônica de sua mensagem parecia ser a natureza de Jesus Cristo. 1 João 2:18-27, carta que João escreveu possivelmente após ter saído da ilha de Patmos, revela a existência de grupos separatistas que ele empregou não pouca energia em denunciar. Que grupo ou grupos seriam estes?

O plural usado (anticristos e falsos profetas) pode indicar tanto os membros de um mesmo grupo, quanto os líderes de grupos distintos.
Os hereges combatidos têm uma distorção cristológica em seu ensino (1:5-2:11)
A menos que 1 João 4:5 seja uma hipérbole, os cismáticos seriam um grupo numericamente bastante expressivo.
Pelo testemunho patrístico, isto é, os primeiros escritores cristãos a produzirem livros a partir do fim do primeiro século d.C., é possível que se trate de grupos de orientação gnóstica: ebionitas, docetistas liderados por um certo Cerinto que se tornara inimigo do apóstolo João.
O que ensinavam tais grupos?

Como não dispomos de seus escritos, devemos tentar uma montagem de seus ensinos através dos olhos de João. Como se trata da análise de um escrito apologético, é possível que vejamos as afirmações lapidares do pensamento cismático nas afirmações reunidas por João que seriam quase que slogans do pensamento dissidente. Muitos destes grupos podem ter se originado antes da saída de João da ilha de Patmos. Assim que retornou a Éfeso, ele deve tê-los encontrado ali e espalhados pela comunidade cristã de outras partes. Veja que ele apela para uma mensagem ouvida desde o princípio – o que indica um evangelho mais antigo que eles abandonaram. Lembremos que a sistemática abaixo pode se referir não a um grupo apenas, mas a vários:

1. Cristologia

Negavam a preexistência de Jesus, embora pudessem aceitar a preexistência de Cristo (1Jo 4:2 – prólogo de João).

Dissociavam Jesus do Cristo como duas entidades separadas. Note que João é o único a (além do binômio Jesus Cristo) escrever de modo "identificativo" "Jesus é o Cristo" (Jo 20:31; 1Jo 2:22; 5:1).

Negavam o messianismo de Jesus (1Jo 2:22).

Negavam a relação Pai-Filho na Divindade e a própria filiação divina de Jesus Cristo (1Jo 2:22, 23; 5:5).

Negavam a filiação divina do Messias (estes talvez fossem de origem judaico-ebionita ou seguidores de João Batista, pois não aceitavam a divindade do Messias vindouro) (1Jo 5:20).

Negavam a encarnação de Cristo, isto é, Sua humanidade real (docetistas) – aqui temos dois grupos distintos: os "docetistas puros" que negavam qualquer realidade à humanidade de Jesus, dizendo que Ele apenas "aparentou ser humano" e os "docetistas adocionistas" que ensinavam que o espírito do Cristo veio sobre um homem chamado Jesus de Nazaré e o "adotou" como Filho de Deus. É possível que alguns docetistas puros até cressem na existência humana de Cristo, mas a consideravam insignificante do ponto de vista da salvação.

2. Ética do comportamento – desde o ponto de vista soteriológico

Para João, a insistência numa cristologia herética produzia um comportamento ético igualmente distorcido pois era o tema da salvação que estaria por trás deste debate.

Os hereges entendiam que:

1 – O sangue de Cristo não é essencialmente necessário à salvação (1Jo 1:7; 5:6; 2:1, etc.).

2 – Talvez por orientação gnóstica, alguns iniciados do grupo julgavam ter atingido uma condição acima do pecado que inclui os pecados pessoais. Assim, havia gnósticos que evitavam satisfazer os apetites da carne (perfeccionistas) e os que viviam satisfazendo-lhe os prazeres – pois diziam que sua mente estava acima do corpo e não se maculava mais pelas atitudes deste. Ambos tinham o objetivo de negar a importância do corpo. João corrigia os dois extremos (1Jo 1:8-10; 3:6-10; 5:18).

3 – Negavam a importância dos mandamentos para a carreira cristã (1Jo 2:2, 3; 5:2, 3; especialmente: 3:4 onde o termo anomia traduzido por "transgressão da lei" seria melhor entendido como "negação da lei").

3. Posição Gnóstica

Os separatistas da comunidade joanina tinham uma tendência bastante docetista (1Jo 1:1). Eles migraram da idéia de um Jesus simplesmente humano [ebionismo], passando por um Jesus não plenamente humano até chegar a uma mera aparência de humanidade). Depois, vincularam a preexistência do Cristo à preexistência dos crentes que viviam antes no mundo ideal (platonismo). Eles também produziram vários evangelhos apócrifos nos quais supunham reproduzir ensinamentos esotéricos de Cristo que só deveriam ser revelados aos iniciados do grupo. Tratava-se de evangelhos falsos, é claro, atribuídos a figuras históricas do cristianismo a fim de oferecer credibilidade a um texto espúrio. Assim surgiram textos como Evangelho de Felipe, Evangelho de Tomé, Evangelho de Maria, etc... Um deles, por exemplo, o evangelho de Judas, mostrava Jesus ensinando que a morte é uma coisa boa, pois liberta a alma que está prisioneira no corpo material. Sendo assim, o que mata o outro ou o leva à morte não é seu inimigo, mas aquele que propiciou sua libertação. Esse grupo chamado Cainita entendia que Caim, o primeiro homicida da história, seria um legítimo herói, e depois dele viriam Balaão, Datã até chegar a Judas – aquele que libertou a alma de Cristo quando O conduziu para a cruz. Aliás, o texto diz que Jesus teria feito um acordo com Judas para que este O traísse. Quanta "crendice", não é mesmo?

III – Por que Ele encarnou?

A obra de redenção realizada por Cristo visava a diversos elementos do grande conflito que estariam, obviamente, centrados na salvação da raça humana. Entre esses elementos temos o desafio feito por Satanás: no Céu, ele argumentara que a lei de Deus era desnecessária, pois restringia a liberdade dos anjos. Após a queda de Adão, ele ampliou o discurso dizendo que a lei de Deus é pesada demais para ser cumprida. Logo, a queda do homem não se deu por sua culpa, mas por culpa do Deus que lhe impôs um fardo pesado demais para cumprir.

Ora, a lei era a expressão exata do caráter de Deus; logo, questioná-la era questionar o Altíssimo! Portanto, era necessário provar que Adão e Eva poderiam, sim, ter sido fiéis, pois o cumprimento da lei estava à altura de suas forças. E de que modo seria isto evidenciado? Ora, somente um: Deus, na pessoa de Seu Filho, toma a natureza de Adão antes da queda e enfrenta o pecado como homem, vencendo-o como Adão poderia ter vencido.

Mas ainda resta uma parte da questão. Após a queda de Adão, seus descendentes ficaram mais vulneráveis à morte, ao pecado e ao sofrimento. Esses, ao contrário de seu ancestral antes da queda, não tinham mais condição de cumprir a lei por si mesmos. Estavam condenados e vendidos ao pecado. Pela justiça, deveriam morrer. Como, portanto, conciliar um Deus justo com um Deus misericordioso? Como se vê, não bastaria provar que Adão poderia ter ficado fiel, se quisesse! Isso inocentaria Deus, mas não salvaria a humanidade.

Então, a Divindade encarna com a natureza de um Adão sem pecado (para mostrar a viabilidade da obediência), mas luta com um corpo marcado por quatro mil anos de conseqüências da transgressão. A natureza, portanto, era anterior à queda, mas o corpo, posterior a ela, para que não houvesse "vantagens" em Cristo que pudessem comprometer a seriedade da prova. Noutras palavras, Deus não "deu um jeitinho".

Como se vê, não bastou Cristo ser sacrificado no lugar do homem, ou simplesmente mostrar que Deus estava certo. Ele teve que fazer as duas coisas, além de revelar Deus a uma humanidade que agora fugia dEle. Foram essas razões que tornaram necessária Sua encarnação, que O fizeram tornar-Se um de nós.

Mas uma questão ainda pode ser levantada por alguns: com base em Hebreus 4:15, entendemos que Cristo foi tentado em todas as coisas, semelhante a nós (que vivemos após a queda de Adão), mas sem pecado (semelhante a Adão antes da queda). Ora, isso não colocaria Cristo em vantagem sobre nós? E como Ele pôde ter sido tentado em todas as coisas se muitas das tentações modernas nem existiam em Seu tempo? Jesus também não experimentou todas as provações que existem por aí. Ele nunca soube o que é ser vítima de um estupro, ser abandonado pela esposa ou ter a família assassinada por traficantes de drogas. Também não soube o que é resistir ao cigarro ou a tentações virtuais da Internet. Como Ele pôde ter sido tentado em tudo? Há tentações que são minhas e pertencem aos nossos dias! Jesus não pode dizer que me entende, pois não passou por aquelas experiências que passei.

Bem, respondendo às primeiras perguntas, lembramos que o fato de ter Ele uma natureza sem pecado não O coloca em vantagem nenhuma sobre nós. Ao contrário, isso era até desvantajoso para Ele. Raciocinemos assim: quem está mais sujeito ou sensível a qualquer sujeirinha? Uma roupa suja e encardida ou um terno branquíssimo, recém-saído da loja? Leve os dois para um lugar com muita poeira (daquela vermelha que vemos na roça) e responda: qual se afeta mais rápida e visivelmente com a sujeira local? É obvio que é o terno branco. Ser completamente limpo nessa situação não traz vantagem nenhuma; ao contrário, torna o que está limpo mais sujeito às sujeiras ao redor. Até o assentar-se com o terno limpo, pode deixar as marcas de um banco empoeirado.

E tem mais: Jesus poderia a qualquer momento Se livrar daquela situação retomando o poder que tinha no Céu. Isso O colocaria em uma situação mais incômoda que a nossa. Afinal, o que é pior? Sentir cócegas e não poder coçar por estar com as mãos amarradas ou sentir cócegas, não poder coçar, mas estar com as mãos livres? Essa segunda situação é definitivamente pior pois é necessário controlar não apenas a vontade, mas o próprio impulso, pois não há nada exterior que me impeça de obter o alívio imediato. Imagine que Jesus, diferente de nós, poderia ter Se livrado da dor a qualquer momento, esta era uma condição muito pior do que a nossa!

Com esses elementos em mente, podemos dizer que, se alguma vantagem houve na equiparação entre a luta de Cristo e a nossa, esta certamente não esteve ao lado do Salvador! Some-se a isso o fato de que nós sofremos conseqüências do nosso pecado, ou, no máximo, conseqüências indiretas daqueles que nos rodeiam (um filho, por exemplo, que nasce com certa doença devido ao vício dos pais). Mas Cristo sofreu as conseqüências de coisas que Ele não fez e ainda, não apenas as conseqüências das pessoas em redor, mas de todos os males do mundo inteiro e de todas as épocas. Por mais exagerado que possa parecer: a dor de Cristo, especialmente no Jardim das Oliveiras e no Calvário, foi a mesma dor dos ímpios no lago de fogo e enxofre. Sua separação do Pai foi o juízo final no seu sentido mais exato sem nenhuma mistura de misericórdia. É por isso que, embora alguém crucificado pudesse demorar dias até morrer, Jesus faleceu em poucas horas. Ellen White diz que Seu sofrimento espiritual foi tão intenso que a dor física da cruz se tornou um mero detalhe (veja em O Desejado de Todas as Nações, p. 723).

Quanto às demais questões de Cristo necessitar a experiência de todo tipo de sofrimento para nos entender e para justificar o texto de Hebreus 4:15, devemos entender que Ele não precisaria experimentar cada situação específica para compreender a dor de todos. Bastava enfrentar o mal em sua raiz e isso Ele fez com muita propriedade. Mesmo nós, seres humanos, limitados como somos, não precisamos passar pela exata dor de um companheiro para dizer que o compreendemos. Não importa o local, se é uma dor de dente ou dor de cabeça, dor é sempre dor! Logo, mesmo que não estejamos sofrendo a exata dor de um semelhante, só por termos sofrido outro tipo de angústia, podemos dizer que nossas experiências são análogas uma à outra e nós o entendemos. Mais do que isso, Cristo enfrentou o pecado e suas conseqüências no mais íntimo grau. Tal experiência O legitima não apenas como nosso substituto, salvador e intercessor, mas, mais ainda, como nosso sacerdote que pode "compadecer-Se das nossas fraquezas". Curioso é que "compadecer" é um verbo que vem do latim compassivus e quer dizer literalmente "sofrer com", "padecer ao lado de...". Jesus é um Deus compassivo que não emite conceitos teóricos sobre o sofrimento, mas sofre conosco e, também junto de nós, anseia pelo fim do pecado, da morte e do sofrimento humano.

A imagem da besta


"Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada... dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu" (Ap 13:12, 14).


Que poder é simbolizado pela primeira besta (Ap 13:1-10)?
Animais na profecia representam reinos (políticos) - Dn 7:17. E "besta", em particular, representa um reino cujo poder é exercido pela política e a religião em conjunto. A primeira besta de Apocalipse 13, portanto, é o poder religioso de Roma que alcançou sua supremacia entre os anos 538 d.C. e 1798 d. C.

"Quando se corrompeu a primitiva igreja, afastando-se da simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagãos, perdeu o Espírito e o poder de Deus; e, para que pudesse governar a consciência do povo, procurou o apoio do poder secular. Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e o empregava para favorecer aos seus próprios fins, especialmente na punição da 'heresia'... Foi a apostasia que levou a igreja primitiva a procurar o auxílio do governo civil, e isto preparou o caminho para o desenvolvimento do papado - a besta". O Grande Conflito, p. 443.

Como e quando a segunda besta formará uma imagem da primeira besta?
"Assim a apostasia na igreja [protestante] preparará o caminho para a imagem da besta". O Grande Conflito, p. 444.

"A fim de formarem os Estados Unidos uma imagem da besta, o poder religioso deve a tal ponto dirigir o governo civil que a autoridade do Estado também seja empregada pela igreja para realizar os seus próprios fins". Ibidem, p. 443.

"Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a inflição de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável". Ibidem, p. 445.

Quanto tempo falta para essa profecia se cumprir?
Descubra você mesmo... depois de ler aqui, aqui e também aqui.

Em tempo: Outro texto importante - "George Bush: o primeiro presidente católico".

História em quadrinhos distorce as profecias


Rob Liefeld, polêmico por natureza, pretende chamar a atenção novamente com seu novo projeto Armageddom Now: World War 3, graphic novel de 120 páginas, que pode vir a se tornar apenas a primeira parte de uma série de cinco edições. A HQ será lançada no verão norte-americano pela editora 12 Gates, e é uma parceria de Liefeld com Phil Hotsenpiller e Mike Gadd. A trama gira em torno de profecias bíblicas contidas nos livros de Ezequiel e Apocalipse.

"A grande profecia sobre o que é comumente chamado de o 'fim dos tempos' diz que haverá um arrebatamento e que em um único momento Deus tomará todos crentes da distância entre a Terra e o Céu. Um poderoso líder mundial surge durante esse evento e une o mundo; ele é Satanás como homem e é conhecido como o anticristo. Sete anos de turbulências vão dizimar a Terra com pragas, fome, guerra e dividirão o globo. A Batalha do Armagedom ocorrerá quando os exércitos do anticristo se unirem contra Deus", diz o autor, parafraseando escritos bíblicos.

Liefeld diz que essa profecia já foi mostrada se concretizando em filmes e livros como A Profecia e Deixados para Trás, mas que sua HQ é diferente, pois sua história mostra os acontecimentos que precedem o juízo final.

Rob Liefeld é um polêmico quadrinista que nos anos 90 atingiu fama na Marvel Comics, onde trabalhou com ícones como os X-Men e criou personagens hoje famosos como Cabele e Deadpool. Mais tarde fundou a Image Comics, ao lado de outros autores que abandonaram a Casa das Idéias. Acabou se desligando também da Image e atualmente está se reintegrando aos poucos ao cenário norte-americano de HQs, trabalhando novamente com a DC, Marvel e até mesmo a Image.

(HQ Maniacs)

Colaboração: Graciela Érika Rodrigues

Nota: Embora Liefeld acredite estar parafraseando textos bíblicos, isso é um grande equívoco. Diferentemente do que apresenta a série "Deixados Para Trás" (assisti ao primeiro filme, que se baseia em pouquíssimas passagens da Bíblia mal interpretadas), a Bíblia deixa claro que o arrebatamento do povo de Deus ocorrerá por ocasião da volta de Jesus, não antes e nem depois (cf. 1 Tessalonicenses 4:16, 17). Essa história de sete anos de "turbulência" com os salvos no céu é ilusão. Os salvos verão as pragas caindo sobre a Terra, mas não as sofrerão. Para os interessados em aprofundar o assunto, recomendo a leitura do livro Ninguém Será Deixado Para Trás.[MB]

Michelson Borges