quarta-feira, 11 de junho de 2008

Meditações Diárias


O Doador da Vida
Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Jesus! Apocalipse 22:20.

Tudo começou na igrejinha onde cresci cantando solos e duetos com meu irmão mais novo. Num belo dia de junho, feito especialmente para casamentos, troquei nervosamente os votos que só se encerraram quase 46 anos mais tarde.

Tivemos uma vida plena, papai e eu, abençoados com cinco filhos e dezesseis netos. Enfrentamos nossa cota particular de problemas ao longo dos anos, como acontece com a maioria dos casais. Os últimos cinco anos após nossa aposentadoria foram os mais felizes, mas também os mais estressantes. Afastamo-nos das nossas raízes, construímos uma casa de troncos de árvore no bosque e rimos juntos mais do que em qualquer outra época. Até o ano passado. Papai havia combatido um linfoma por quase 18 anos, lutado muito e orado muito, mas o câncer finalmente venceu. Agora vivo com as lembranças e faço parte do clube das viúvas.

No último ano, passamos todas as semanas envolvidos com algum procedimento médico – quimioterapia, radiação, exames de laboratório, consultórios médicos. Passamos por cirurgias, tratamentos em casa e, finalmente, uma cama de hospital em casa. Se alguma vez alguém já combateu numa guerra, fomos nós dois contra o temível inimigo. Mas gradualmente perdemos terreno, e o inimigo o levou dos seus amados familiares quatro dias antes do Natal.

Tínhamos feito longos percursos pelo belo cenário rural; havíamos conversado muito sobre o nosso futuro numa terra melhor, nossa pátria celeste, após a ressurreição. Sua fé parecia crescer diante dos meus olhos, mesmo enquanto seu corpo minguava. Depois de eu ter passado uma longa noite lutando com Deus pela certeza de que papai despertaria realmente na ressurreição, Deus me respondeu à oração por intermédio dele. Ele pediu lápis e papel e pediu que eu escrevesse estas palavras: “Deus é o Grande Médico. Você é minha melhor enfermeira. Assim, deixo minha vida nas mãos dEle.” Uma grande paz me dominou, diante da certeza divina quanto à vida eterna de papai; haveria um fim para a sua dor, para sempre.

Agora não vai demorar; Jesus voltará em breve. De um pequeno cemitério no campo sairá um homem bonito, amoroso, cheio de vitalidade, respondendo ao chamado do Doador da Vida. Retomaremos o restante da nossa existência na eternidade, junto com nossos queridos e o Grande Médico. Vem, Senhor Jesus!

Betty R. Burnett

Meditação da Mulher - CPB

Nenhum comentário: