sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Acabe e Jezabel: Abuso de Autoridade


O que você faria se tivesse poder? Não é uma questão tão difícil de responder. Basta fazer uma revisão da vida e lembrar como você tem tratado seus filhos, a esposa, o marido, os funcionários, os alunos, etc. Todos exercem o poder em alguma medida. Tudo bem que Acabe e Jezabel são um dos piores exemplos que vimos nesse trimestre. Mas, não é preciso chegar ao ponto em que eles estiveram para agir mal e abusar da autoridade. Aliás, o caminho para a corrupção do ser humano geralmente é silencioso e às vezes imperceptível ao pecador. Os outros até percebem que não estamos caminhando na direção certa, mas em geral não nos avisam. Funciona mais ou menos como o problema do mau hálito: todo mundo sabe que a gente tem, mas ninguém nos avisa.
Se Acabe foi alertado sobre os problemas que seu relacionamento com Jezabel lhe traria, não sei. Mas, desde os dias da conquista da terra de Canaã, a bíblia registra claras instruções para que o povo de Israel não se unisse em casamento com as nações idólatras: “Por isso dediquem-se com zelo a amar o SENHOR, o seu Deus. Se, todavia, vocês se afastarem e se aliarem aos sobreviventes dessas nações que restam no meio de vocês, e se casarem com eles e se associarem com eles, estejam certos de que o SENHOR, o seu Deus, já não expulsará essas nações de diante de vocês. Ao contrário, elas se tornarão armadilhas e laços para vocês, chicote em suas costas e espinhos em seus olhos, até que vocês desapareçam desta boa terra que o SENHOR, o seu Deus, deu a vocês.” Josué 23:11 a 13.
Não poderia haver um cumprimento mais preciso e explícito dessa profecia do que o desenrolar da história do casal dessa semana. Acabe passou dos limites e pagou um alto preço por isto. Casamento com motivações políticas, uma esposa com temperamento forte e um rei fraco e vacilante. O cenário perfeito para um desastre completo. Tudo estava pronto para a ruína da família, da nação, da religião e da proclamação do nome de JEOVÁ. Quão longe podemos chegar ao abrir exceções e abrir brechas para o pecado? Pode ter certeza, não saberemos antes de chegar lá. E seria melhor ficar na ignorância. Bom é permanecer longe das armadilhas do diabo. Assim como tudo seria diferente na vida de Eva e na experiência da humanidade se tão somente ela nunca tivesse experimentado o conhecimento do mal.
E já que estamos falando no mal, se a ciência diz que dois corpos não podem estar no mesmo espaço ao mesmo tempo, a fé afirma que a convivência pacífica entre luz e trevas é impossível. São realidades exclusivas, irreconciliáveis. Enquanto houvesse profetas de Deus nas terras de Israel, Jezabel estaria em perigo. E vice-versa. Ao tocar nessa ferida matando os representantes de Baal próximo ao monte Carmelo, Elias desestabilizou aquela perversa família. Embora, no que diz respeito a Acabe, satanás tenha vencido por um placar bem amplo. Afinal, mesmo diante das evidências do poder de Deus, “Acabe era fraco em capacidade moral... Destituído de princípio, e sem nenhuma alta norma de reto proceder, seu caráter foi facilmente modelado pelo espírito determinado de Jezabel. Sua natureza egoísta era incapaz de apreciar as bênçãos de Deus a Israel e seus próprios deveres como guardião e líder do povo escolhido.” Profetas e Reis, pág. 115.
Assim, o rei participou do pecado de sua esposa enquanto a infeliz assassinava os profetas de Deus. Da mesma forma, depois de agir como uma criança mimada, emburrado pelos cantos do palácio, permitiu - ou simplesmente agiu como se não soubesse - o crime cometido por Jezabel ao mandar matar Nabote, o dono da cobiçada vinha. Tudo bem que ela usou o conhecimento da religião Israelita para fazer com que todo o procedimento parecesse estar de acordo com a lei. Mas com certeza Acabe não foi ludibriado pala tramóia. Quem sabe até ele tenha utilizado as leis de Deus como desculpa para não se pronunciar sobre o caso. É um bom exemplo de como se apoiar na religião para fazer o que é errado. Essa é uma das razões pelas quais muitos fazem opção de não crer em Deus. Têm como referência toda maldade feita em nome de Deus. Precisamos tomar cuidado dobrado para não sermos causadores desse tipo de impressão na mente de outras pessoas.

Mas se tudo que é bom dura pouco, o que é ruim um dia também tem fim. Acabe e Jezabel morreram como fora profetizado por Elias. No entanto, seu filho seguiu o mesmo caminho. Difícil ser diferente. Há exceções, mas como regra geral os filhos adotam por preceito e exemplo o comportamento dos pais. Enquanto Elcana e Ana deixaram uma bênção chamada Samuel para as gerações futuras, Acabe e Jezabel lançaram a semente da maldição - Acazias. É possível que as crianças mudem de rumo pela influência de outras pessoas, da escola ou da igreja. No entanto, bom seria não correr o risco. Já que vamos morrer mesmo, enquanto Jesus não volta devemos ensinar os filhos com cuidado e dar um bom exemplo a eles. Assim teremos boas chances de contribuir para o bem da humanidade. Que Deus nos ajude!
Por: Pr. Dennis - UNASP

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